Autor espiritual: Ezequiel
Escrito: médium Marcelo Passos
Irmãos e irmãs!
Iniciamos a nossa oração citando uma
das reflexões do filosofo Immanuel Kant, onde em sua vasta teoria e pensamento afirmou:
“O Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é
culpado”. Tendo como base este pensamento, apelo aos leitores amigos a uma
profunda reflexão, ou seja, quem realmente somos nesta existência? E qual a nossa
importância? E o que eu sei, me foi imposto ou diluído por mim em auto critica?
Temos de entender que somos resultados
de uma força maior que rege tudo que nos envolve, fazemos parte de uma força
inteligente superior que nos concebeu e nos guia por toda parte. No entanto,
nos é proporcionado o dom da inteligência de pensamento, aprendizado e discernimento,
somos elementos desta força inteligente que tudo se transforma.
Entretanto, ao aprofundar os estudos
das eras, percebemos que surgiram e ainda surgem inúmeros lideres a serviço do
Criador em sua vasta oportunidade didática a nos instruir o sentido da evolução
a favor de uma engrenagem que não para de transformar tudo o que existe. Porém,
ao sermos dotados de uma inteligência e de discernimento autentico pelo
instituto do livre arbítrio, seremos levados ao conhecimento as inúmeras
categorias comportamentais que regirará nossa identidade moral impactando-nos e
a comunidade da qual fazemos parte.
Porém, ao mesmo tempo que recebemos a
ciência do sabor da bondade, também nos é permitido sentir a realidade da
maldade em seus diversos componentes, e este último, responsável pela
desestrutura das criaturas a verdadeira permanência do ser na seara divina.
Afinal, somos uma estrutura em constante dilapidação, por vezes, a nossa
rigidez ainda não nos permite reconhecer a sensibilidade dos valores que
realmente temos.
No garimpo, as mais valiosas joias estão
sempre condensadas em camadas rusticas a espera de sua revelação preciosa.
Acontece que, dependendo do momento, ainda não nos fora precisa esta exposição
por inúmeras razões, sendo que na maioria das vezes por nossa única e exclusiva
responsabilidade, entre elas, as nossas mais vis condições preguiçosas de querer
se esforçar para expor os nossos verdadeiros valores intrínsecos até então
escondidas por de trás de lamaçais e pedregulhos densos em que estamos revestidos.
Conforme citado, somos essências de
uma força inteligência suprema, e consequentemente, somos seres dotados de inteligência,
como são todos os elementos que constituem a grande obra divina em suas
particularidades. Bem como também somos seres criadores.
O Criador molda todo o universo com
uma sabedoria incrível, bem como elege seus escolhidos a fazer a sua vontade, e
é neste viés que todos nós precisamos criar entorno de nós uma responsabilidade
obediente a vontade e as leis do Criador.
Contudo, a liberdade que nos é
concedida, é fundamental buscar a coerência dentro de tudo aquilo que
procuramos externar a sociedade, caso contrário, como vem acontecendo a
milênios, um distúrbio provocado pela desobediência de um achismo limitado e perigoso
acaba afastando o homem da pura e verdadeira caminhada e única provida pelo
divino. Pois, ao mesmo tempo que grande parte dos homens creem na força
celestial e tomam conhecimento de suas leis e vontade, há aqueles que levantam questionamentos
e enfrentamentos com ousadia, presunção e arrogância causando uma verdadeira
catástrofe social.
A outrora, nos é exposto que quando os
hebreus se encontravam escravizados no Egito, o Senhor confiou a libertação do
seu povo a Moises. No entanto, durante a peregrinação pelo deserto rumo a Terra
Prometida, e mesmo sendo testemunhas das proezas celestiais, houve muitos que se
levantaram e rebelaram passando a questionar os desígnios, promovendo
balbucias, desordem e desobediência àquilo que era ensinado, isto é, muitos passaram
a ser contra a própria vontade do Senhor no apogeu dos seus interesses pessoais
imediatos desviando-se de sua fé fragilizada.
Assim acontecera com Jesus, isto é, quando
veio ao mundo propagar e cumprir a verdadeira vontade de Deus, houve sérios distúrbios
aos poderosos contraventores do evangelho exposto pelo choque de interesses
sórdidos que, ao invés de promoverem a verdadeira leitura divina das escrituras,
desviavam-se pela sua soberba e vaidade que os cegavam de maneira contundente que
não foram capazes de sentir e reconhecer no Nazareno aquele enviado que tanto
falara nos púlpitos do templo, pois confundiam a essência da palavra maior com as
suas lascivas, e se aproveitando da humildade daquela gente que era esmagada
pela força da intelectualidade e pelo medo do inferno imposto por alguns dos
poderosos, muitos se acanhavam em debater pelo pavor levantado, até que surgiu
o Messias para levar o esclarecimento ao povo da verdadeira palavra e da vontade
do Pai por gestos e atitudes simples, mas eficaz. Entretanto, sua palavra era
sempre confrontada por um grupo de líderes que detinham o controle populacional
a base do medo. E, quando aqueles poderosos se viram diante do Cristo, temeram
pela ruina de seus interesses egoísticos, tanto que perseguiram o Mestre levantando
mentiras, calunias, heresias até crucifica-lo.
E o domínio destes poderosos era predominante
pelo uso das palavras e persuasão que mesmo com todas as evidencias incontestáveis,
ainda conseguiram incitar e convencer muitos do povo a condenar o Mestre e
libertar o assassino confesso.
Pois mesmo o Cristo esclarecendo o
povo, ainda imperava naquela nação o poder da persuasão maligna liderada pelos
poderosos. E isso acontecia pelo fato de muitos ainda serem acanhados e
medrosos pelo receio das consequências e inquisições que poderiam enfrentar
como a dor física pela força da espada.
Conquanto, mesmo diante a ingratidão, o
Messias na autoridade de sua humildade e amor, intercedeu junto ao Pai o perdão
pelas nossas inúmeras fraquezas e mazelas, como a covardia de não defender e
colocar em pratica as leis e a vontade suprema com coerência que Ele espera de cada
um de nós pelo o único e verdadeiro caminho a alcançar de fato o Reino Eterno.
Na realidade do progresso existencial,
o homem tem que se posicionar, isto é, tem que decidir se vive sob a ótica integral
do bem e ou do mal, não há meio termo, isto é, o indivíduo não pode ser e não consegue
ser mais ou menos bom ou mal, há que ser o que quer ser, pois caso contrário,
aquele que perambula pelas duas faces, não vive sob a sua verdade moral, torna-se
um andarilho sem rumo.
Evidentemente que os dois únicos polos
há suas particularidades, porém, o bem é inconfundível e inalterável, agora para
alguns há suas complexidades, mas essa dificuldade
vem de nós mesmos, pois para se viver o bem, é preciso acima de tudo se superar
e renunciar, ao contrário do polo negativo que precisa o tempo todo se reinventando
a atrair noviços e sabe atuar muito bem nas fraquezas que ainda são inerentes
do espirito em progresso, mas carregando consigo a instrução da resistência,
como a vigilância e oração constante a não cair nas tentações diversas de nós mesmos.
Embora o homem ainda traz consigo suas
fraquezas, muitos são os que resistem bravamente as investidas traiçoeiras e
vivem de fato sob a ótica e obediência divina do verdadeiro evangelho caritativo
e autêntico. Afinal, muitas dadivas evangelizadoras foram e são enviadas ao
mundo de forma pontual.
Infelizmente, ainda predomina no mundo
o poder das palavras persuasivas de líderes que de posse de seu dito poder, seguem
apontando rumos a seu bel prazer e mesmo ameaçando o povo ao submundo do
sofrimento caso não seja obedecida as suas vontades e não do verdadeiro evangelho.
Entendendo que este dito poder não se limita ao campo da religiosidade, e sim
de todos os ambientes. Pois muitos destes como na história, sabem que muitos de
nós ainda persistem na preguiça pela busca da verdade coerente, bem como do comodismo
que muitos ainda vivem, ou seja, preferimos viver sobre a escravidão cômoda pelas
perspectivas de outros ao invés da busca da liberdade redentora, isto é, a maioria
ainda entrega o seu destino nas mãos do outro homem e não em Cristo na busca
pela direção e condução de sua estrada ignorando assim o fato que carrega consigo
mesmo a chispa da luz divina.
Naturalmente muitos ainda não estão preparados
e prontos para viver sob a realidade maior, por essa razão muitos irmãos têm
que voltar a escola vital da vida evangélica temporária tantas vezes quanto for
necessária para de fato merecer novas conquistas eternas. E para isso Deus
prepara professores a humanidade e como tal, proporciona a estes mesmos a
chance de aprender mais ainda, pois estes líderes não estão isentos de suas
provas e expiações, pelo contrário, precisam se expiar e evoluir tantas vezes
quanto for necessário, mas que recebe da confiança divina a graça de propagar o
santo evangelho sem fronteiras.
É importante alertar que, grande parte
da sociedade humana ainda vive sob vícios cômodos de hábitos culturais como de
uma identificação base, e por vezes muitos destes que livres da obsessão da
carne veem o quanto erraram e buscam a oportunidade de levar a sua gente a verdadeira
leitura da vida e recebem a chance da encarnação para enfim, plantar uma
semente divina, onde talvez, não poderá experimentar deste fruto devido a
dureza dos corações em se permitir o conhecimento maior e muitos vão se
esbarrar com as intolerâncias diversas. Compreendo que, quando se leva a
novidade divina a favor do mundo em múltiplas palavras unicamente a favor da
ampliação do bem, muitos líderes enviados sofrerão com o escarnio,
perseguições, calunias, mentiras pelos choques dos interesses sódicos ameaçados
por alguns irmãos quem ainda se veem presos aos seus vícios pessoais e culturais
ao preterimento em elevar-se verdadeiramente a evolução espiritual. E relembrem
quando o Cristo promovia suas lições, curas e milagres, muitos dos sacerdotes viciados
diziam e destilavam seu fel ao povo falavam que Jesus fazia tudo aquilo em nome
de belzebu. Percebendo que, quem promove o mal, era justamente aquele que os
sacerdotes diziam com quem Cristo curava, ou seja, o vício era tão absurdo que
estes não mediam as consequências de suas acusações, e justamente o que fora
replicado pelo Mestre a estes, isto é, como poderia o mal combater o próprio mal
que produz? Então irmãos e irmãs, essa é a importância de buscar a coerência e
o bom senso sempre, justamente para não praticar o mal em suas modalidades. Afinal
Jesus, naquele tempo, estava desconstruindo vícios e promovendo as virtudes e despertando
em cada um o verdadeiro evangelho da qual pertencemos.
Portanto, é preciso estarmos sempre
atentos e assumir em nós uma postura verdadeiramente cristã e responsável, como
também de ter o interesse pessoal de desbravar as verdades evangélicas coletivas
e sem vícios a tornar o nosso meio um ambiente de paz e caridade amorosa, e não
esperar somente a opinião e determinações do outro a assumir posições. Ouvir com
boa vontade e sem preconceitos todas as fontes e formas interpretativas que nos
é apresentada, afinal aquele que tem o coração bem-aventurado, Deus falará em
si e o inspirará em todos os lugares. Ouça, mas sempre levante críticas dentro
de uma coerência plausível e responsável a saber se determinada fala vem de
Deus ou do vicio de interesses para não corrermos o risco de continuar
praticando injustiças como a outrora fizemos contra o Cristo para não nos arrepender
tardiamente de bradar e crucificar quem nos quer o bem!
Por fim, não se deixe envolver pela
forte influência de um belo discurso, nem sempre poderá ser sincero, preste bem
a atenção, mas acima de tudo, deixe Deus que habita dentro de si, ver o mundo
sob a verdadeira ótica fraterna.