Autor espiritual: Ezequiel
Escrito: médium Marcelo Passos
Irmãos e irmãs!
Como muitos já compreendem, a humanidade desde os primórdios vem
se ajustando no objetivo de se aprimorar e melhorar em inúmeros aspectos,
afinal este é o fulcro permanente.
Entretanto, os ajustes necessários requerem de nossa parte paciência
e acima de tudo sabedoria, bem como um senso crítico para não cair nas
armadilhas da persuasão dos interesses muitos da qual não nos cabe qualquer julgamento.
Porém, é preciso haver de nossa parte um aprofundamento maior nas escrituras,
seja das narrativas, bem como de nossa busca critica a não sermos vítimas de
algozes que destoam da verdadeira condição da humanidade ao serviço edificante de
Deus que deposita em cada um de nós a missão de colocar em pratica a sua vontade
a favor do bem comum e de maneira justa.
Neste sentido, a primeira vertente que temos de entender e
compreender que Deus jamais criaria elementos e seres para o mal, jamais se serviria
do rebelde para punir o rebelde, pelo contrário, todos os seres são criados
para o bem. Contudo, quando os seres são criados, lhe é outorgado o senso do
instinto, da sensibilidade, da inteligência ao aprimoramento natural e tendo
como ferramenta as experiências práticas ao seu devido ajustamento. É como aquele
cientista que desenvolve um determinado elemento com um único intuito, ou seja,
levar benefícios ao coletivo, e neste sentido ele desenvolve todas as técnicas até
alcançar um resultado que nem sempre será eficaz no primeiro momento. Diversos experimentos
hão de ser testado a alcançar o objetivo perfeito no tempo necessário para seu
aprimoramento. E assim acontece com cada ser, da qual estamos incluímos, isto
é, somos criados a um único propósito, porém, nem sempre estaremos aptos no
primeiro instante, o que requererá de nós diversos ajustes até alcançar nossa
posição ideal. E nestas experiências, muitas vezes nossos hábitos levarão diversos
transtornos a sociedade, sendo preciso diversas outras experiências e ajustes
até alcançarmos o resultado desejado.
Todavia, as traduções literárias, associada aos excessos
praticados pelos homens, determinadas situações recebem suas nomenclaturas que
acabam levando a distúrbios sociais e pessoais sem precedentes, ou seja, quando
parte da sociedade se depara com alguém destoante de uma vertente quase que comum,
estes acabam recebendo estereótipos que levam a narrativas imperfeitas causando
um distúrbio sem precedentes, como associando um determinado ser a um agente
maligno e perverso, isto porque este irmão, por algum motivo se destoa de um
senso comum muitas vezes determinados por uma força ainda mais limitada, mas
que tem a seu favor o dom da linguagem persuasiva, porém, repleta de fel. Exemplo
maior desta afirmativa é lembrar o que Jesus enfrentou a época, ou seja, para
muitos, principalmente os ditos poderosos, diziam que o Mestre agia sob influência
do demônio. E desde então, como já antes acontecia, aquele que de alguma forma perturbava
uma certa ordem, muitas vezes criadas por determinados lideres, era considerado
um demônio e ou agia sob tal influencia. E esta prática condenatória segue até
os dias atuais nos diversos conceitos e falácias, principalmente por aqueles que
dizem deter determinado padrão intelectual, principalmente das sagradas
escrituras.
Conquanto, o objetivo desta crônica é levar ao entendimento de
que absolutamente todos fomos e é um demônio, mas que evolui no encalço do
anjo. Um demônio não é necessariamente um agente a serviço do maligno, muito
pelo contrário, a tradução desta nomenclatura é de algo ou alguém atrasado,
nada demais, no entanto, ao longo da humanidade, tanto esta como muitas outras
palavras erroneamente traduzidas, assim como a própria palavra em questão foram
distorcidas e dela criadas vários sentidos e pretexto para excluir outros irmãos
de uma sociedade, tudo porque este destoa de um determinado padrão. Entretanto,
fazendo uma profunda reflexão pessoal, resposta: quem de nós pode-se dizer que
vive neste momento sob o total sentido da vontade e da palavra divina? Quem é
que não critica o outro por este professar algo diferente de si? Estamos de
fato enxergando o outro como verdadeiramente um irmão mesmo sendo diferente de nossas
convicções? De certo irmãos que muitos de nós, seja encarnado ou desencarnado
ainda precisa passar por diversos ajustes até alcançar a condição angelical. E
até atingirmos este patamar, podemos nos considerar demônios sim, ou seja, pessoas
atrasadas em diversas questões, mas que, assim como outros irmãos, seguimos perseverando
até alcançar um nível de evolução ideal, pois ao julgar o outro por suas
diversas questões, é um atraso que devemos superar. Evidentemente que todos os
seres enfrentam influencias negativas sim, e a todo o instante com o intuito de
aumentar o contingente do mal, contudo, está no poder da própria escolha acatar
ou renunciar a oferta do mal que nada mais é do que o atraso intimo adoentado da
qual requer para a alma os medicamentos essências que somente o Criador tem a
nos oferecer, ou seja, paciência, misericórdia, acolhimento e novas oportunidades,
fatores que muitas vezes faltam o homem ao homem, e porquê? Porque ainda
estamos atrasados, mas que recebemos permanentemente do Criador a mesma dose e oportunidade
ao ajustamento e melhoramento perfeito, e da qual sairemos todos da condição demoníaca
a angelical.
Portanto irmãos, estudem bem as nomenclaturas sociais, seja mais
crítico e busquem entender melhor o sentido das palavras, pois talvez aquilo
que esteja julgando no outro é simplesmente o próprio reflexo. E, lembre-se,
Deus não criou o mal, o mal é a ausência dele, e uma ausência pode ser muito
bem preenchida, basta fazermos individualmente a nossa parte se esforçando ao ajustamento
e reajustes continuamente, pois, no final todos estaremos juntos a Pai novamente.