E disse: “Está escrito: Minha casa será
a casa de oração, mas vós fizestes dela um covil de ladrões”. (Lucas 19,46)
Muitos
crêem que para se aproximar, pedir e conversar com o Pai necessita de condições
especiais para alcançar a atenção e a misericórdia divina. Puro engano. Deus é
amor e compaixão para com todas as suas criaturas. E temos essa certeza quando
vemos o pecador e o santo desfrutando de todas as obras celestiais sem distinção,
mas o que fará a realidade de nossa condição do presente serão os atos
praticados com sinceridade frente à sociedade e a si mesmo.
Todos
são enviados e representantes de Deus, não há um sequer que não receba do Pai a
missão para explorar o universo de suas capacidades quanto da comunidade que convive.
A missão designada cabe a cada um de nós pegarmos as ferramentas e trabalhar. E
ao mesmo tempo em que recebemos as incumbências temos o livre arbítrio, que nos
dará o direito de agir ou omitir, como de seguir com as orientações divinas
como de acompanhar o ser da mentira.
E nenhuma
criatura desembarca no planeta sem o acompanhamento de irmãos aptos e dispostos
a nos acompanhar a edificação e purificação de nosso espírito e a merecer as
graças eternas. Como somos recebidos no seio da família encarnada a nos
auxiliar em nosso desenvolvimento, mas o destino é traçado exclusivamente por
nós mesmos.
E compreendendo
as fraquezas humanas, o Senhor condiciona pessoas a interpretar suas lições de
forma responsável e desinteressada a facilitar a caminhada de muitos, onde se reúnem
para falarem de uma vida maior distribuída em doutrinas e na sociedade de forma
amplificada.
Infelizmente
não são todos os que recebem a incumbência e fazem dela a sua honesta missão coletiva
e fraterna. E movidos pela ganância e pelo consumismo desde os primórdios da
humanidade, que o homem ludibria uns aos outros em troca de favores e riquezas
em nome das indulgencias sagradas em que, todos nós temos o direito de usufruir.
E não é de hoje que os homens se vêem perdidos na sociedade, buscam
incessantemente o material e esquecem-se da riqueza espiritual responsável direto
pelas nossas reais condições.
Em momento
algum estamos criticando e ou mesmo julgando doutrinas, como os seus sacerdotes
e fieis, primeiramente não temos autoridade e muito menos capacidade de
criticar o outro se está certo ou errado. Pois cabe somente ao Pai a devida e
justa sentença. Afinal quem nunca cometera um erro nesta existência e que não precisou
da benevolência divina?
E o que
esta preposição busca é compreender e entender a mensagem de Jesus Cristo neste
subtítulo e também frente aos fariseus que perguntara ao mestre se deveria
pagar tributos a Roma. E então o Mestre sabiamente pegou a moeda e perguntou-lhes
de quem seria a imagem estampada na mesma, então replicando disseram-no, “- é a
imagem de César”, imperador da época. E então o Mestre disse-lhes, “dê a César
o que é de César e a Deus o que é de Deus”.
E
neste contexto mostra que há dois extremos entre o céu e a terra, ou seja, a matéria
e o imaterial. Notoriamente que aquele que no planeta habita necessita da
matéria para o seu desenvolvimento, trabalho, evolução e progresso. E não é
errado e muito menos pecado apossar-se do material, mas devemos compreender que
nenhum grão de areia planetária terá o homem o direito de levar para o mundo
espiritual, apenas a consciência onde guarda todo o histórico das experiências sagradas
vividos na matéria.
Nas cidades
planetárias desde a origem que o homem se reúne em igreja para atuar frente a
sua comunidade e auxiliar as necessidades de sua gente, seja pelas religiões, políticas
e economias onde na decisão de alguns estão os desígnios de um povo. E diante
todo um cenário complexo e ao mesmo tempo de importante e de responsabilidade coletiva
que a ganância tomou conta daqueles que desviam o curso de sua missão a atender
as exigências do maligno em suas leviandades.
E lamentavelmente
a ganância, o egoísmo, a mentira, a soberba e todas as ações perversas do mal
chegou aos templos de todo o mundo. Em que,
sob a regência pecaminosa e o domínio de pessoas inescrupulosas transformou o
templo de Deus em um mercado de negócios, onde as indulgencias sagradas são negociadas
sem o menos pudor e temor ao Pai.
Não é
errado ajudar o templo com moedas para o desenvolvimento de suas atividades
sociais, como de pagar tributos ao estado, mas o que é condenável é desviar o propósito
da contribuição que tem o objetivo de ajudar para atender interesses pessoais,
ao enriquecimento corruptível e egoísticos fugindo de sua principal missão.
Agora
meu irmão, convido-o a refletir se em algum momento Deus te cobrou tributo para
nascer; respirar; orar; sorrir; viver; perdoar; amar; alegrar; falar; enxergar;
ouvir; em algum cobrou-lhe algum dinheiro para enviar profetas e Jesus Cristo ao
mundo para te salvar?
O
consumismo e a ganância material confundem os homens para com as indulgencias e
principalmente para com os dons do espírito que existe gratuitamente em cada um
de nós como: a sabedoria, a inteligência, o conselho, a fortaleza, a ciência, a
piedade e o temor de Deus, onde basta que resgatemos de nossos corações e compartilhemos
tudo que Deus nos constituiu. E acredite, o que pedires ao Pai ele lhe
atenderá, e claro, desde que também faça a sua parte e sejam obedientes as
instruções e aos seus mandamentos e, que tenha a ciência de que, o tempo de
Deus é único e eficaz diferentemente do nosso.
Confie
mais no Pai e vá diretamente a ele, unam-se as pessoas ao seu redor para lhe
ajudar e também para que as pessoas sejam ajudadas por ti. E lembre-se, o
dizimo pago ao seu templo é importante, e dado com fé ajudará a muitos
desprovidos da matéria. E saiba que do amor e da misericórdia de Deus não necessitamos
retirar boleto algum para obter em nossas vidas, apenas ele quer que vivamos a
sinceridade, a fé, e o exercício da caridade e do amor universal.
Autor:
espírito de Ezequiel
Escrito:
médium Marcelo Passos