Mas contigo está o perdão, para que sejas temido.
Aguardo
ao Senhor; a minha alma o aguarda, e espero na sua palavra. (Salmo 130)
Ao longo
das eras vimos a relação do homem para com Deus atravessar inúmeras etapas, sendo
que boa parte conheceu através dos homens um Deus punitivo, vingativo e carrasco,
enquanto outros conheceu através de Cristo um Deus misericordioso, bom, justo e
que ama todas as suas criaturas incondicionalmente.
E enfim,
qual destes Deuses o homem tem adotado em sua vida? Aquele que pune sem direito
a defensa e tão longo deve ser jogado ao fogo eterno? Ou, aquele que permite
recomeçar tantas vezes quanto for necessária a ter o direito a elevar-se ao paraíso?
Compreendendo
a faixa evolutiva planetária que o homem atravessa, de certo que o
comportamento humano leva a prática de equívocos, erros e pecados, porém, se estamos
em fase de evolução e muito pouco ou quase nada sabemos, por que estaria as
criaturas condenadas diretamente ao inferno por suas iniquidades muitas vezes
por ignorância? Será que quando desejamos a condenação ao outro que cometeu equívocos
e que seja sentenciado a pena máxima, teríamos o mesmo ímpeto de desejar o inferno
a nós e ou aqueles que amamos porque também errar ou pecar? E quando o homem
pede a Deus que puna o outro com todo furor ferino pelos erros cometidos contra
nós e ou a comunidade? Estaríamos sendo justos?
Todavia,
diante um suposto julgamento destes idealizadas pelo homem onde um pecador não mereça
uma nova chance, e se acaso um pai fosse levado a ter de decidir o destino de
um de seus filhos, sendo que um é comportado e obediente e o outro rebelde e
pecador, entretanto, tivesse este de escolher apenas um para subir a gloria de
Deus, enquanto o outro deveria ser condenado ao fogo eterno, será que este pai acharia
justo este julgamento? Certamente muitos, inclusive este mesmo pai, que não tenha
um determinado sentimento para com o outro, de certo encontraria fácil a decisão.
Agora, será este mesmo pai diante este momento, por acaso não apelaria uma nova
chance ao juízo para que seu filho rebelde tivesse a oportunidade de regenerar?
E não apelaria tantas vezes quanto for necessária por amor ao seu filho?
Para muitos
é fácil condenar seu semelhante ao qual não tem nenhuma relação ou vínculo de
sentimento, mas encontra serias dificuldades de ter de julgar e condenar seus
entes mesmo que o pecado seja o mesmo. E acaso há justiça nesta atitude?
Cristo
veio ao mundo a nos ensinar a perdoar como Deus nos perdoa, porém, ao absolver
os pecadores, Jesus condiciona a não mais pecar, no entanto, nos ensinou que
devemos perdoar sete vezes setenta vezes. Conquanto, se nos ensinou a perdoar,
podemos ser perdoados.
Entendendo
que quanto mais cumprir a vontade e os mandamentos de Deus, mais livre estará
nossa caminhada, mesmo que por vezes a incompreensão bata a porta, mas quando
fazemos a vontade do Pai mais o espírito estará repleto da sua glória e forte suficiente
para vencer e romper com as amarras do mal. Por outro lado, se continuarmos a
pecar mesmo recebendo o perdão, compreendamos das consequências, ou seja, se
recebemos a semente do perdão a propagar a verdade, mas se não zelarmos por
este grão, continuaremos estagnados, e de fato a vida se arrastará e seremos simplesmente
um grão sem vida em meio ao asfalto.
Autor espiritual:
Ezequiel
Escrito:
médium Marcelo Passos
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