sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Salmo 130 Há perdão

 



Mas contigo está o perdão, para que sejas temido.

Aguardo ao Senhor; a minha alma o aguarda, e espero na sua palavra. (Salmo 130)

 

 

Ao longo das eras vimos a relação do homem para com Deus atravessar inúmeras etapas, sendo que boa parte conheceu através dos homens um Deus punitivo, vingativo e carrasco, enquanto outros conheceu através de Cristo um Deus misericordioso, bom, justo e que ama todas as suas criaturas incondicionalmente.

E enfim, qual destes Deuses o homem tem adotado em sua vida? Aquele que pune sem direito a defensa e tão longo deve ser jogado ao fogo eterno? Ou, aquele que permite recomeçar tantas vezes quanto for necessária a ter o direito a elevar-se ao paraíso?

Compreendendo a faixa evolutiva planetária que o homem atravessa, de certo que o comportamento humano leva a prática de equívocos, erros e pecados, porém, se estamos em fase de evolução e muito pouco ou quase nada sabemos, por que estaria as criaturas condenadas diretamente ao inferno por suas iniquidades muitas vezes por ignorância? Será que quando desejamos a condenação ao outro que cometeu equívocos e que seja sentenciado a pena máxima, teríamos o mesmo ímpeto de desejar o inferno a nós e ou aqueles que amamos porque também errar ou pecar? E quando o homem pede a Deus que puna o outro com todo furor ferino pelos erros cometidos contra nós e ou a comunidade? Estaríamos sendo justos?

Todavia, diante um suposto julgamento destes idealizadas pelo homem onde um pecador não mereça uma nova chance, e se acaso um pai fosse levado a ter de decidir o destino de um de seus filhos, sendo que um é comportado e obediente e o outro rebelde e pecador, entretanto, tivesse este de escolher apenas um para subir a gloria de Deus, enquanto o outro deveria ser condenado ao fogo eterno, será que este pai acharia justo este julgamento? Certamente muitos, inclusive este mesmo pai, que não tenha um determinado sentimento para com o outro, de certo encontraria fácil a decisão. Agora, será este mesmo pai diante este momento, por acaso não apelaria uma nova chance ao juízo para que seu filho rebelde tivesse a oportunidade de regenerar? E não apelaria tantas vezes quanto for necessária por amor ao seu filho?

Para muitos é fácil condenar seu semelhante ao qual não tem nenhuma relação ou vínculo de sentimento, mas encontra serias dificuldades de ter de julgar e condenar seus entes mesmo que o pecado seja o mesmo. E acaso há justiça nesta atitude?

Cristo veio ao mundo a nos ensinar a perdoar como Deus nos perdoa, porém, ao absolver os pecadores, Jesus condiciona a não mais pecar, no entanto, nos ensinou que devemos perdoar sete vezes setenta vezes. Conquanto, se nos ensinou a perdoar, podemos ser perdoados.

Entendendo que quanto mais cumprir a vontade e os mandamentos de Deus, mais livre estará nossa caminhada, mesmo que por vezes a incompreensão bata a porta, mas quando fazemos a vontade do Pai mais o espírito estará repleto da sua glória e forte suficiente para vencer e romper com as amarras do mal. Por outro lado, se continuarmos a pecar mesmo recebendo o perdão, compreendamos das consequências, ou seja, se recebemos a semente do perdão a propagar a verdade, mas se não zelarmos por este grão, continuaremos estagnados, e de fato a vida se arrastará e seremos simplesmente um grão sem vida em meio ao asfalto.

 

Autor espiritual: Ezequiel

Escrito: médium Marcelo Passos

 

 

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