Autor espiritual: Ezequiel
Escrito: médium Marcelo Passos
Irmãos e irmãs!
Na derradeira noite, o Mestre orava ao Pai
enquanto alguns de seus apóstolos que o acompanhara dormiam profundamente ao
invés de estarem vigilantes.
Entretanto, naquele instante, as escrituras já se
fazia cumprir, e o Mestre, como manso e humilde cordeiro se fizera capturado e
levado a audiência no sombrio calar da noite aos doutores da lei e alguns dos sacerdotes
que, por inveja e egoísmo viam no nazareno uma preocupante ameaça aos seus
interesses econômicos e domínios sociais que os limitavam de compreender a liturgia
das escrituras proféticas narradas nos púlpitos dos templos que se fazia
cumprir nas ações daquele Verbo.
E, a partir daquele momento, já sob os domínios
da perversidade humana, o Cristo fora julgado e crucificado.
Todavia, na narrativa de toda a história da
captura até a entrega do espirito ao Pai, muitos atos de ação e omissão foram praticados
por aqueles próximos ao Mestre e àqueles que realmente o vira como o verdadeiro
Messias, o filho de Deus.
Ou seja, a história nos mostra que alguns dos
sacerdotes a época foram tocados e de fato reconhecera nele o verdadeiro Filho
escolhido e amado por Deus a fazer a vontade suprema que conduz a todos a salvação
diante a uma união eucarística, porém, ao mesmo tempo que o reconhecia, se
acovardavam de enfrentar os seus líderes e defender as escrituras que era
cumprida, mas que por receio de perderem suas condições e mesmo recursos de
sobrevivência, preferiram o silencio.
Judas, o Iscariotes, por sua vulnerabilidade e
fraqueza, associada a ganancia e ao egoísmo, cometera o ato da traição conhecida
por todos e julgado até os dias de hoje.
Pedro, aquele que Jesus construíra a sua
verdadeira igreja, durante sua peregrinação apostólica jurara ama-lo,
defende-lo e que não o negaria, no entanto, na última noite o negara três vezes
por receio de sofrer as dores do martírio pelo qual o Mestre era submetido. E
os demais apóstolos se esconderam com medo das represálias.
E a grande massa a época? Que diante o
julgamento liderado por Poncio Pilatos e mesmo cientes todos os milagres
recebidos e testemunhados, mas inibidos e receosos pelo assedio, ameaça e
persuadidos pelos sacerdotes preferiram se veem manipulados gritando em sonora a
conhecida sentença.
Mas Pilatos não via nenhum crime no nazareno, e
mesmo diante o poder de decisão constituído que tinha nas mãos, preferira a
omissão por conveniência e prudência mundana lavando as suas mãos condenando o
Mestre. E preso a cruz, cumprindo a sua sentença, o Cristo ainda testemunhara
as zombarias, provocações, deboches, blasfêmias como a omissão de muitos,
porém, ao invés de condenar a todos, intercedeu o perdão diante a toda
ignorância humana ainda presente em todos nós até os dias atuais.
Contudo, a época, após o começo de um novo tempo,
muitos acabaram se convertendo, e por conta de suas escolhas muitos foram perseguidos
e martirizados por não se curvarem diante aos desmandos das maldades impregnadas
em muitos que dizem deter um certo poder sobre a massa até os dias de hoje. Assim
também aconteceu com os apóstolos, onde mesmo diante as ameaças sofridas e
cientes das fraquezas diante o calvário, resolveram de deixar a força do Mestre
fazer-se presente em suas almas e se encheram de fato do espirito santo e resolveram
enfrentar toda a fúria dos poderosos e atender àqueles que buscavam a salvação através
do poder de Jesus implícito em cada um dos discípulos, onde com o passar do
tempo, este poder divino passou a ser compartilhado por todos aqueles que de
fato assumiram a sua autoridade cristã a
favor do evangelho que nos reúne a mesa junto ao Pai.
Entretanto, se colocando vivos diante a
história em que muitos criticam, julgam e até condenam as ações e omissões daqueles
homens, qual seria de fato a nossa postura diante os fatos? Será que teríamos
de fato a força para defender o Mestre mesmo diante as iminentes ameaças ao
calvário e a morte? Será que diante o conflito e tendo em mãos o poder de
decisão, enfrentaríamos a tudo e a todos libertando Jesus? Ou deixaríamos nos
levar pelo fluxo da covardia da omissão de não querer causar conflitos e as
críticas mais vorazes lavando as mãos? Será que se nos oferecêssemos algum tipo
de vantagem pessoal em troca de um ato condenável, cederíamos?
E enfim, são perguntas a serem feitas diariamente
a nossa consciência, assim como na obtenção de tais respostas, porém, são
indagações a serem feitas não somente ao campo religiosos e doutrinário, mas
sim em todos os nossos atos, sentimentos e comportamentos do dia a dia buscando
praticar a reforma intima sem cessar e indagando-nos sempre a seguinte questão:
Será que a minha fé seria suficientemente capaz de fazer diferente na narrada na
história nos dias atuais enfrentando a tudo e a todos em nome do verdadeiro
Cristo?
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