Dons gratuitos

Irmãos,

Por mais que determinados hábitos sociais sejam considerados naturais e mesmo culturais, não significa que certas práticas e comportamentos sejam comungados e abençoados por Deus. E neste sentido havemos de considerar e estudar com responsabilidade as passagens do santo evangelho a entender e compreender a grandiosidade da vida e principalmente a função e a missão de cada um neste universo.

A exploração da inocência alheia aos interesses egoísticos e interesseiros levaram o homem a usurpar das coisas de Deus a atender as exigências de seus lascivos interesses. E não importando com as consequências futuras e sim com o momento. O certo e o errado são bastante relativos entre os homens, porém, em se tratando da vontade de Deus havemos de cumprir o determinado, primeiro em atenção aos mandamentos e pelo amor que Jesus Cristo veio ensinar e explanar como pedir para que cada um coloque em pratica a indulgencia que abrange todo o ser neste mundo.

Entre os encarnados a ganancia pelo dinheiro trouxe o desvio da missão doutrinaria ao comercio imoral em grande parte dos templos espalhados pelo mundo encarnado. E muitos de uso de seu poder hierárquico sacerdotal; àqueles a quem o Senhor confiou dons divinos e gratuitos a serviço da caridade; e de posse do poder de convencimento abusam da inocência, como também da fé e em muitos casos do desespero alheio para comercializar indulgências que não lhe pertence.

Nos primórdios do mundo viu-se muitos sacrifícios de animais a purificação dos pecados pessoais, onde o sangue destes eram ofertados ao Criador em nome da purificação dos pecados.

Os sacrifícios de animais continuaram por muito tempo, fato este que levou muitos a comercialização para facilitar o acesso das pessoas que queriam oferendar a Deus na esperança das indulgencias eternas. E também naquele tempo os templos passou a praticar o comercio ilegal das coisas de Deus. E então veio ao mundo Cristo Jesus que trouxe a lição de que o sangue dos animais não poderia substituir o homem no seu sacrifício pessoal e que o sacrifício deveria ser pessoal, como a renúncia do mal em toda a sua esfera a real purificação de todo o pecado.

E assim curara, salvara, ressuscitara sem nada pedir de vantagens pessoais, e sim que não mais pecássemos sem sacrifícios animais e muito menos econômicos daqueles que alimentavam a esperança da salvação.

E a postura e a obra de Jesus incomodavam muitos daqueles sacerdotes dos templos, pois o Mestre mostrara a multidão que para serem salvos e ter o perdão do Pai bastava ter fé, arrepender-se de todos os pecados e não mais cometer tal engano, como mudar a postura conforme os mandamentos e que amassemos uns aos outros como verdadeiros irmãos sem ter que sacrificar animais e muito menos ter de pagar incalculáveis valores por algo que é possível e disposto a qualquer um gratuitamente.

Lamentavelmente algumas pessoas da época e até a modernidade são exploradas, pois muitos ainda dependem de um líder a ter alguma segurança para pedir e ter as indulgencias do céu, crendo não ter merecimento para chegar até Criador, mas acabam se esquecendo que também são filhos de Deus. Realidade que levaram e levam muitos usurpadores da fé a colocar preço naquilo que não lhe pertence, pois apenas tem a confiança de Deus como missão a pratica do bem e da caridade redentora e salvadora a resgatar e ajudar uns aos outros, mas o poder é exclusivamente de Deus, que tem a autoridade de determinar o que nos é possível ou não.

E em Jerusalém, na porta de Templo, expulsando os mercadores Jesus disse: “Tirem tudo isto daqui! Parem de fazer da casa do meu Pai um mercado! ”. Incomodou os comerciantes e também os sacerdotes. Infelizmente Jesus não conseguiu que essa lição fosse colocada em pratica, e nos dias de hoje o homem continua a colocar preço naquilo que não lhe pertence.

E porque o Senhor permite que essa pratica continue? Ele nos ofertou o livre arbítrio, tudo podemos, mas nem tudo nos convém, porem a colheita é obrigatória. E aquele que é explorado por sua inocência será abraçado e acolhido pelo Pai, pois como disse Jesus, “Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus”. Pois como se sabe, a criança é inocente, sensível, humilde, honesta, não explora ninguém e em seu coração não se permite a maldade e quem é como uma criança alcançará o Céus de Deus.

E, no entanto, o dizimo ofertado ao templo é diferente, afinal de contas os mesmos necessitam da matéria para poder se manter, porem a contribuição deve ser justa e espontânea.

Acredite mais em Deus, e saiba que você não precisa de intermediários para alcança-lo e muito menos tem que pagar para ir até ele. Entenda para sempre, Ele é teu pai e teu criador.

Talvez o caminho seja realmente mais complexo e há a necessidade do auxílio daquele irmão que esteja mais forte para a segurança dos seus passos, porém ele não é mais importante para Deus do que você.

Somos todos amados e especiais para o Pai.

Autor: espírito de Ezequiel

Escrito: médium Marcelo Passos