Senhor meu
Deus, em ti confio; salva-me de todos os que me perseguem, e livra-me; (Salmo
7)
Perdoai
nossas ofensas assim como perdoamos os nossos ofensores, assim nos ensinou o
Mestre, porém, até que ponto estamos efetivamente colocando em prática essa
oração a serviço da paz? Será que realmente estamos apenas repetindo a oração,
ou de fato estamos alimentando desta estrofe? Será que estamos absorvendo as
vitaminas eternas e espalhando gotas de luz que fortalecerá a saúde física e
espiritual?
O espirito
atravessa longínquas estradas de experiencias ao qual cada lição é importante
no molde de seu caráter e de seu perfil existencial que trará para a sua realidade
as condições realistas.
É
evidente que há irmãos que plantam amor e vivem experencias das tempestades
ameaçadores e até mesmo dolorosas. E porque será? De certo irmãos que nem
sempre viveremos situações a contento, assim como foi com o Mestre o Jesus, que
veio imaculado, e teve de enfrentar os espinhaços afiados da maldade humana
tentadas pelo maligno para que a sua lição maior fosse passada a todos nós,
isto é, a prova da superação e da fortaleza da fé, aonde a confiança na justiça
maior domine a alma para não cometer o erro ao qual muitas vezes possa cumprir
sentença.
Entretanto,
somos seres em franco desenvolvimento e progresso, ainda não estamos prontos,
mas caminhantes a perfeição.
No entanto,
diariamente vamos nos moldando conforme as oportunidades dispostas, onde diante
o novo, vamos errando, porém, amparados pela piedade divina que nos proporciona
recomeços com as chances da reparação ao acerto, onde caminhamos ao aprimoramento
e ao fortalecimento de nossas bases, fazendo-se eternos no rochedo cristão a
perpetuidade no reino sagrado.
Todavia,
diante o aprimoramento pessoal e os erros praticados, vamos recomeçando,
trazendo as marcas das experiencias à continuidade da evolução, reparando os
erros através das próprias provas e expiações a purificação pessoal. E diante
as amnesias temporais propositais, ou seja, o apagar das memorias espirituais
do passado, seguimos os reinícios do presente de nossa história como uma página
em branco, porém, condicionados a viver situações complexas, onde por vezes chegaremos
ao ponto de questionar tais tribulações e reivindicando explicações do
altíssimo, como até mesmo se revoltando com os inevitáveis percalços que criamos
por nosso livre arbítrio.
E até
saldarmos o último débito, o recomeço será inevitável tantas vezes quanto forem
necessárias, porém, se efetivamente tomarmos as rédeas da nossa direção a uma
vida reta segundo a vontade do Senhor, mais ligeiro alcançamos objetivos.
Contudo,
é comum ao longo das vivencias encontrar e desencontrar pessoas afins e aquelas,
que por alguma razão causara prejuízos de alguma espécie, podendo inclusive afetar
em parte ou em todo o nosso trajeto, obrigando-nos muitas vezes a recomeçar por
força do destino. Razão pela qual nasce sentimentos ambíguos num determinado encontro,
tanto de empatia tão quanto antipatia, onde por vezes o homem terá de conviver
com desafetos no proposito a reparação, tendo de exercitar a paciência, a tolerância
e o perdão inconsciente.
Outro
fator importante que o homem deve analisar com bastante responsabilidade e reflexão
intima, é crer que somente o outro é o seu maior desafeto, inimigo e perseguidor,
porventura é possível e inclusive influenciador, porém, na maioria das vezes, ou
praticamente sempre, o nosso maior opositor somos nós mesmo, principalmente quando
não buscamos o melhoramento pessoal e a superação das mazelas sociais e humanas
quando não agirmos para livrar dos sentimentos prisioneiros e corrosivos como o
ódio, a magoa, a vingança, a prepotência, a mentira, o preconceito, a intolerância,
a impaciência e enfim, todos os sentimentos que servem como obstáculo pessoal a
liberdade na busca pela felicidade plena e a paz capaz de derrotar qualquer
tentação e projetar o espírito a uma vida plena e maior.
E, quantos
de nós rogamos ao Pai para livrar de todos os males e adversários? Compreendendo
que Ele nos ajuda sempre a livrar-nos dos males, porém, quantos de nós
efetivamente estamos fazendo a nossa parte para livrar-nos dos próprios males
causados pelo livre arbítrio?
Afinal
de contas somos senhores da própria consciência, e tudo que fazemos corre por
nossa conta, como a resistência dos males, pois diante uma queda, caberá somente
nós o erguimento, e mesmo que possamos contar com a ajuda de nossos semelhantes,
a ação é nossa.
Espírito
de Ezequiel, escrito pelo médium Marcelo Passos
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