segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Salmo 7 Perdoai-nos Senhor




Senhor meu Deus, em ti confio; salva-me de todos os que me perseguem, e livra-me; (Salmo 7)

Perdoai nossas ofensas assim como perdoamos os nossos ofensores, assim nos ensinou o Mestre, porém, até que ponto estamos efetivamente colocando em prática essa oração a serviço da paz? Será que realmente estamos apenas repetindo a oração, ou de fato estamos alimentando desta estrofe? Será que estamos absorvendo as vitaminas eternas e espalhando gotas de luz que fortalecerá a saúde física e espiritual?
O espirito atravessa longínquas estradas de experiencias ao qual cada lição é importante no molde de seu caráter e de seu perfil existencial que trará para a sua realidade as condições realistas.
É evidente que há irmãos que plantam amor e vivem experencias das tempestades ameaçadores e até mesmo dolorosas. E porque será? De certo irmãos que nem sempre viveremos situações a contento, assim como foi com o Mestre o Jesus, que veio imaculado, e teve de enfrentar os espinhaços afiados da maldade humana tentadas pelo maligno para que a sua lição maior fosse passada a todos nós, isto é, a prova da superação e da fortaleza da fé, aonde a confiança na justiça maior domine a alma para não cometer o erro ao qual muitas vezes possa cumprir sentença.
Entretanto, somos seres em franco desenvolvimento e progresso, ainda não estamos prontos, mas caminhantes a perfeição.
No entanto, diariamente vamos nos moldando conforme as oportunidades dispostas, onde diante o novo, vamos errando, porém, amparados pela piedade divina que nos proporciona recomeços com as chances da reparação ao acerto, onde caminhamos ao aprimoramento e ao fortalecimento de nossas bases, fazendo-se eternos no rochedo cristão a perpetuidade no reino sagrado.
Todavia, diante o aprimoramento pessoal e os erros praticados, vamos recomeçando, trazendo as marcas das experiencias à continuidade da evolução, reparando os erros através das próprias provas e expiações a purificação pessoal. E diante as amnesias temporais propositais, ou seja, o apagar das memorias espirituais do passado, seguimos os reinícios do presente de nossa história como uma página em branco, porém, condicionados a viver situações complexas, onde por vezes chegaremos ao ponto de questionar tais tribulações e reivindicando explicações do altíssimo, como até mesmo se revoltando com os inevitáveis percalços que criamos por nosso livre arbítrio.
E até saldarmos o último débito, o recomeço será inevitável tantas vezes quanto forem necessárias, porém, se efetivamente tomarmos as rédeas da nossa direção a uma vida reta segundo a vontade do Senhor, mais ligeiro alcançamos objetivos.
Contudo, é comum ao longo das vivencias encontrar e desencontrar pessoas afins e aquelas, que por alguma razão causara prejuízos de alguma espécie, podendo inclusive afetar em parte ou em todo o nosso trajeto, obrigando-nos muitas vezes a recomeçar por força do destino. Razão pela qual nasce sentimentos ambíguos num determinado encontro, tanto de empatia tão quanto antipatia, onde por vezes o homem terá de conviver com desafetos no proposito a reparação, tendo de exercitar a paciência, a tolerância e o perdão inconsciente.
Outro fator importante que o homem deve analisar com bastante responsabilidade e reflexão intima, é crer que somente o outro é o seu maior desafeto, inimigo e perseguidor, porventura é possível e inclusive influenciador, porém, na maioria das vezes, ou praticamente sempre, o nosso maior opositor somos nós mesmo, principalmente quando não buscamos o melhoramento pessoal e a superação das mazelas sociais e humanas quando não agirmos para livrar dos sentimentos prisioneiros e corrosivos como o ódio, a magoa, a vingança, a prepotência, a mentira, o preconceito, a intolerância, a impaciência e enfim, todos os sentimentos que servem como obstáculo pessoal a liberdade na busca pela felicidade plena e a paz capaz de derrotar qualquer tentação e projetar o espírito a uma vida plena e maior.
E, quantos de nós rogamos ao Pai para livrar de todos os males e adversários? Compreendendo que Ele nos ajuda sempre a livrar-nos dos males, porém, quantos de nós efetivamente estamos fazendo a nossa parte para livrar-nos dos próprios males causados pelo livre arbítrio?
Afinal de contas somos senhores da própria consciência, e tudo que fazemos corre por nossa conta, como a resistência dos males, pois diante uma queda, caberá somente nós o erguimento, e mesmo que possamos contar com a ajuda de nossos semelhantes, a ação é nossa.


Espírito de Ezequiel, escrito pelo médium Marcelo Passos


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