Filhos
e filhas,
Certa
ocasião um grupo de amigos fora acampar em uma floresta e explorariam toda
aquela reserva e dos seus frutos se manteriam. Armaram toda a estrutura e
estabeleceram regras de convivência diante o período que permaneceriam.
E
no decorrer dos dias o grupo se depara com uma colmeia descem o cacho e
descobrem uma rica concentração de mel, retiram todo o conteúdo em uma compota
e levam para o acampamento para consumi-lo, acendem o fogo e em um compartimento
preparam aquele alimento sadio. No cozimento daquele ingrediente o grupo é
surpreendido com a presença de um urso; como todos sabem o mel é um dos alimentos
prediletos deste animal; que fora atraído pelo aroma, todos correm para seus
acampamentos a se protegerem, deixam a panela quente com o mel a fervilhar. Atraído
pelo sentido o urso abraça a panela e logo sente seu corpo queimando e geme de
dor, mas não larga o alimento e se queima ainda mais com a vontade de se
alimentar do mel. E ele entende que aquela queimadura queira impedi-lo de usufruir
do alimento, pois para ele é um adversário querendo tirar aquilo que é seu, e
quanto mais queima seu corpo mais o animal abraça a panela, eis então que diante
tanta dor desfalece diante aquela agressividade.
O
sentido desta explanação é compreender os riscos dos apegos quanto às paixões que
podem leva-los a feridas profundas, são os apegos que limitam a condição humana
a verdadeira construção da felicidade, onde a ansiedade ocasionará feridas
profundas como na citação outrora. Conservar os bens é fundamental para auxilia-lo
por um importante período ajudando-o na evolução na busca do entendimento a
vontade de Deus na pratica do amor e da caridade salvadora que traz nestas
virtudes a base dos sentimentos.
Abraçar
o caldeirão em chamas é o apego demasiado a bens principalmente materiais que podem
incidir em abertura de feridas profundas e de difíceis cicatrizações causando desconfortos
e mesmo o desequilíbrio. Desejar em excesso um determinado bem seja ele qual
for, indica a possível inconveniência da busca na dependência da forma ocasionada
a falência evolutiva.
A
caminhada nos ensina que o desapego é elemento ao qual não poderemos nos furtar
quanto a sua presença em nossa evolução, aonde haveremos, em algum instante, abandonar
lugares, pessoas e bens rumo ao edificativo da eterna construção da felicidade
e estabilidade no reino sagrado.
Chegará
o instante que haveremos de deixar a casa, a família, os bens, os amigos, o
trabalho, a cidade, a encarnação a regressa morada espiritual, assim como na reencarnação
deixando o lar espiritual e aqueles que compõem as melodias de nossa eterna existência.
E é a saudade que fica a cobrir as necessidades deste momentâneo vazio presencial.
E
quando não aceitamos com resignação e calma os designo divino aos quais todos
vivenciarão, feridas serão profundas e permanecerão abertas sem precedentes e deixando
a forte e dolorida dor na alma traduzida na tristeza que permanecerá sempre
aberta quanto ao apego excessivo e a dependência daquilo ou daquele outro.
É
notório que a dor da saudade fere os dois mundos, mas Cristo nos mostra que a
caminhada trará estas dolorosas fases e a certeza de que nos encontraremos em
breve, assim como Ele virá até nós. Há o luto de uma separação, mas compreenda o
desapego como a oportunidade de evolução, seja de lugares como dos entes amados.
A caminhada é o norte de nossas vidas, uns adiantarão e outros seguirão logo em
seguida, mas a chegada é una e plena e antes havemos de escrever a própria história.
Por isto se ama aquele que fora antes de você tente alegrar o seu coração, pois
o Senhor estará dando a este a oportunidade de subir um degrau privilegiado a
sua vida diante a sua vontade e o seu amor ao qual você também se encontra
neste contínuo processo. E quem ama de verdade quer ver sempre o melhor para o
outro.
A
saudade é a dor traduzida da esperança contando os instantes do reencontro, mas
enquanto este momento não chega siga os seus passos, evolua e deixe o seu amado
evoluir, e talvez um dia antes deste eterno momento possa haver um contato diante
as possibilidades de Deus, mas compreenda que todos estão e permanecerão vivos,
mesmo em polos diferenciados a viver na sua história a sua evolutiva e necessária
história da vida eterna.
Trabalhe
para tentar largar o caldeirão fervilhante deste apego, compreende-se a
dificuldade da tristeza da separação repentina e momentânea, mas acalma-se e espere
para que possa se deliciar de todo e verdadeiro sabor da felicidade.
Bezerra
de Menezes, escrito pelo médium Marcelo Passos.
08/03/2016.
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