Eis que fugiria para
longe, e pernoitaria no deserto.
Apressar-me-ia a
escapar da fúria do vento e da tempestade.
Despedaça, Senhor, e
divide as suas línguas, pois tenho visto violência e contenda na cidade.
De dia e de noite a
cercam sobre os seus muros; iniquidade e malícia estão no meio dela.
Maldade há dentro dela;
astúcia e engano não se apartam das suas ruas. (Salmo 55)
Diante
os impropérios da vida, há muitos que desejariam fugir para longe, para algum
lugar desértico e ou mesmo uma ilha e por lá fixar-se dando as costas para tudo
que acontece na adversidade do mundo para quem sabe assim viver a paz tão
desejada.
De
fato, o mundo sufocante pelas suas diferenças trazem desafios diversos, principalmente
àqueles que buscam viver sob a acústica divina, e tende a enfrentar as
perturbações malignas que o atentam diariamente levando-o há inúmeros questionamentos.
Entretanto,
será que fugir disso tudo é o melhor caminho? Não sabemos dizer, no entanto,
quem tem este desejo, mas não tem a oportunidade e ou mesmo a coragem para
tomar esta decisão, há de continuar sua tarefa nada fácil, porém, redentora e obrigatória
a sua evolução ao credenciamento aos mundos mais evoluídos a começar por sua própria
existência.
A busca
pela paz tão querida não deve ser interpretada como uma caminhada sem
aborrecimentos, ao contrário, é uma virtude tendo como principal bandeira a aceitação
as diferenças sem deixar se levar pelas paixões passionais, e sim a ouvir e
preocupar-se com o outro com maior atenção, afinal, temos sempre algo a
aprender tão quanto a ensinar.
Por isto
irmãos, busque a edificação da paz sempre pela fé e pela oração permanente e
contínua dentro de si, talvez a fuga para o isolamento pode ser a melhor
conselheira, mas isto não é garantia que a sua existência se dará por completa,
afinal, uma enxada parada não tem serventia para a prosperidade, salvo se para
corroer-se no tempo da inutilidade, mas
é uma possibilidade.
Compreendendo
que pela lei do universo uma vida parada é significado de acumulo de tarefas,
isto é, podemos até parar tudo que nos fora confiado, mas se o desejo for o
progresso, haveremos de saldar até o ultimo denário, entendendo que esta condição
não se limita apenas aos equívocos praticados, mas por tudo aquilo também que
deixamos de produzir a favor da vida.
Espírito
de Ezequiel, escrito pelo médium Marcelo Passos
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