Uns
confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor
nosso Deus. (Salmo 20)
Recordam
na passagem sagrada quando o jovem rico se aproximou de Jesus perguntando-lhe o
que era preciso fazer para segui-lo? E então o Mestre lhe disse; “- vá, vende tudo
o que tem, distribua aos pobre e me siga-me”. Ao ouvir essa posição do Senhor,
o jovem baixou a cabeça e voltou para a sua casa revoltado e questionando as
afirmativas do Senhor, porém, suas posses vinham de gerações e como poderia
abrir mão de tudo? E então, Jesus voltando para seus apóstolos disse-lhes que
era mais fácil um camelo passar pela fenda de uma agulha de que o rico entrar
no reino dos céus.
Entretanto,
aquele jovem, como muitos de nós e de nossos irmãos ainda não compreendem as
lições dispostas pelo Cristo causando muitos disparates sociais e injustiças,
pois ainda somos muito limitados quanto a interpretação da vida.
Todavia,
os extremos entre a riqueza e a pobreza material é uma condição pessoal na maioria
das vezes solicitadas por nós antes do desembarque planetário. Porem, ambas tem
suas complexidades, compreendendo que a riqueza material traz mais desafios de
que aquele desprovido de abastados recursos, pois a tendência de se corromper
as forças do mal é muito maior, pois as facilidades e o acesso que poder econômico
possa ocasionar, aguça o comportamento do homem que acaba ficando mais vulnerável
as obsessões do poder limitado, sendo que aquele irmão mais simples lhe
favorece condições mais ampla de fazer a vontade do eterno.
É importante
compreender que estas questões não é uma tendência irresistível, isto é; quem é
rico não poderá se salvar e quem é pobre será salvo; na verdade a lição sagrada
nos traz a luz do que realmente é importante e o que responderá por nós perante
a corte divina, isto é as nossas atitudes e o que fizemos em relação a
confiança daquilo que Deus nos condicionou. Pois tanto o rico quanto o pobre também
podem está em posições opostas da tendência dita natural, ou seja, o rico pode
ser salvo e o pobre não. A condição social na verdade é uma consequência e dela
é nascedouro das nossas obras, sendo que umas tem maior facilidade de execução e
outras com um pouco mais de dificuldade.
E, a
lição sagrada exposta por Jesus apresentou ao jovem as condições para segui-lo e que também serve para
todos nós até hoje, isto é, praticar o exercício do desapego material e fazer
dele o instrumento de justiça e equilíbrio entre todas as espécies.
Afinal
de contas, temos de entender que nada nos pertence salvo a consciência, e tudo
que nos são dispostos são empréstimos aos quais havemos de saber fazer o uso de
maneira justa em favor das obras eternas.
Por fim,
se acaso a vida lhe proporciona o direito de ter mais de uma vestimenta, você
poderá doar a teu semelhante desnudo aquela peça que excede; E se acaso a vida
lhe proporciona o direito de ter mais de um calçado, você poderá doar ao descalço
o par que excede; E se acaso a vida lhe proporciona o direito de ter mais de um
alimento, você poderá doar ao faminto e assim segue o curso de nossa missão.
Se um irmão
veio até você pedindo ajuda, saiba que nem sempre a ajuda material é eficaz, mas
muitas vezes na forma de um abraço, de um sorriso, de um ombro amigo, de uma atenção,
de um apertar das mãos, de uma amizade, de um lazer compartilhado, de uma
confraternização e tudo isso provocado pelas virtudes do respeito, do amor, do
perdão, da compreensão, da tolerância, da paciência e enfim de tudo aquilo que
temos gratuitamente e que não nos onera em absolutamente nada.
E se
deixarmos os bens materiais suprirem as coisas divinas dentro de nós, de certo
que não conseguiremos entender as lições e a vida na sua simplicidade e que na
maioria das vezes dificultada exclusivamente por nossa ingerência.
Portanto,
vamos procurar repartir melhor.
Espírito
de Ezequiel, escrito pelo médium Marcelo Passos
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