sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Salmo 20 Algo mais




Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor nosso Deus. (Salmo 20)

Recordam na passagem sagrada quando o jovem rico se aproximou de Jesus perguntando-lhe o que era preciso fazer para segui-lo? E então o Mestre lhe disse; “- vá, vende tudo o que tem, distribua aos pobre e me siga-me”. Ao ouvir essa posição do Senhor, o jovem baixou a cabeça e voltou para a sua casa revoltado e questionando as afirmativas do Senhor, porém, suas posses vinham de gerações e como poderia abrir mão de tudo? E então, Jesus voltando para seus apóstolos disse-lhes que era mais fácil um camelo passar pela fenda de uma agulha de que o rico entrar no reino dos céus.
Entretanto, aquele jovem, como muitos de nós e de nossos irmãos ainda não compreendem as lições dispostas pelo Cristo causando muitos disparates sociais e injustiças, pois ainda somos muito limitados quanto a interpretação da vida.
Todavia, os extremos entre a riqueza e a pobreza material é uma condição pessoal na maioria das vezes solicitadas por nós antes do desembarque planetário. Porem, ambas tem suas complexidades, compreendendo que a riqueza material traz mais desafios de que aquele desprovido de abastados recursos, pois a tendência de se corromper as forças do mal é muito maior, pois as facilidades e o acesso que poder econômico possa ocasionar, aguça o comportamento do homem que acaba ficando mais vulnerável as obsessões do poder limitado, sendo que aquele irmão mais simples lhe favorece condições mais ampla de fazer a vontade do eterno.
É importante compreender que estas questões não é uma tendência irresistível, isto é; quem é rico não poderá se salvar e quem é pobre será salvo; na verdade a lição sagrada nos traz a luz do que realmente é importante e o que responderá por nós perante a corte divina, isto é as nossas atitudes e o que fizemos em relação a confiança daquilo que Deus nos condicionou. Pois tanto o rico quanto o pobre também podem está em posições opostas da tendência dita natural, ou seja, o rico pode ser salvo e o pobre não. A condição social na verdade é uma consequência e dela é nascedouro das nossas obras, sendo que umas tem maior facilidade de execução e outras com um pouco mais de dificuldade.
E, a lição sagrada exposta por Jesus apresentou ao jovem as condições             para segui-lo e que também serve para todos nós até hoje, isto é, praticar o exercício do desapego material e fazer dele o instrumento de justiça e equilíbrio entre todas as espécies.
Afinal de contas, temos de entender que nada nos pertence salvo a consciência, e tudo que nos são dispostos são empréstimos aos quais havemos de saber fazer o uso de maneira justa em favor das obras eternas.
Por fim, se acaso a vida lhe proporciona o direito de ter mais de uma vestimenta, você poderá doar a teu semelhante desnudo aquela peça que excede; E se acaso a vida lhe proporciona o direito de ter mais de um calçado, você poderá doar ao descalço o par que excede; E se acaso a vida lhe proporciona o direito de ter mais de um alimento, você poderá doar ao faminto e assim segue o curso de nossa missão.
Se um irmão veio até você pedindo ajuda, saiba que nem sempre a ajuda material é eficaz, mas muitas vezes na forma de um abraço, de um sorriso, de um ombro amigo, de uma atenção, de um apertar das mãos, de uma amizade, de um lazer compartilhado, de uma confraternização e tudo isso provocado pelas virtudes do respeito, do amor, do perdão, da compreensão, da tolerância, da paciência e enfim de tudo aquilo que temos gratuitamente e que não nos onera em absolutamente nada.
E se deixarmos os bens materiais suprirem as coisas divinas dentro de nós, de certo que não conseguiremos entender as lições e a vida na sua simplicidade e que na maioria das vezes dificultada exclusivamente por nossa ingerência.
Portanto, vamos procurar repartir melhor.

Espírito de Ezequiel, escrito pelo médium Marcelo Passos


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