Não te alongues de mim, pois a angústia
está perto, e não há quem ajude. Muitos touros me cercaram; fortes touros de
Basã me rodearam. Abriram contra mim suas bocas, como um leão que despedaça e
que ruge. Como água me derramei, e todos os meus ossos se desconjuntaram; o meu
coração é como cera, derreteu-se no meio das minhas entranhas. A minha força se
secou como um caco, e a língua se me pega ao paladar; e me puseste no pó da morte.
Pois me rodearam cães; o ajuntamento de malfeitores me cercou, traspassaram-me
as mãos e os pés. Poderia contar todos os meus ossos; eles vêem e me
contemplam. Repartem entre si as minhas vestes, e lançam sortes sobre a minha
roupa. Mas tu, Senhor, não te alongues de mim. Força minha, apressa-te em
socorrer-me. (Salmo 22)
Muitos
desafios são propostos a experiência humana, entre elas as dores lançadas por outros
homens em detrimento a condição individual daquele que busca também a
felicidade maior.
Zombarias
e maledicências predominam no coração e na conduta daqueles que ainda não compreenderam
sua missão sobre a vida, e então impõe maldades diversas em nome de uma força brutal
que traz tristezas e dores. Quanto as vítimas, a lição de amar o seu semelhante
entendendo e perdoando, talvez uma lição prolongada por gerações, mas o passaporte
essencial para a condição feliz distante dos impropérios.
E pobre
daquele que impõe a seu semelhante e ou qualquer criatura o escândalo do prazer
da maldade, pois a justiça se fará, e aos feridos, o amparo do Cristo.
Por isso
irmãos, seja qual for a dimensão da sua dor, eis a oportunidade de fazer a vontade
do Pai exercendo a virtude do perdão aos seus mais diversos algozes. Pois de
fato não sabem o que fazem.
Espírito
de Ezequiel, escrito pelo médium Marcelo Passos
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